Formando os Juízes dos Tribunais de Família sobre a Alienação Parental
De que informação sobre a alienação parental necessitam os juízes dos tribunais de família?
Publicado em 24 de Janeiro de 2012 por Amy J.L. Baker, Ph.D. em Caught Between Parents
Foi-me pedido que preparasse e ministrasse uma formação de uma hora aos juízes dos tribunais de família, e estou muito entusiasmada com a perspectiva de ter a oportunidade de falar com eles directamente sobre este tema, que fala muito ao meu e aos seus corações.
As principais áreas que focarei na formação serão (1) desmontar mitos acerca da alienação parental (i.e. não está na DSM por isso não pode ser real), (2) educá-los acerca da diferença entre alienação e afastamento, (3) adverti-los acerca dos limites da credibilidade dos testemunhos das crianças, (4) explicar como a terapia individual e a terapia diádica podem ter um feito contrário ao desejado nos casos de alienação, (5) incentivá-los a tratar rapidamente estes casos, uma vez que o tempo é inimigo do progenitor alienado, (6) e convencê-los a não recompensarem o progenitor alienador/favorecido com o novo “status quo”.
Com isto quero dizer que quando um progenitor alienador fica mais tempo com a criança do que aquilo que é suposto, esse novo horário não deve ser usado como o ponto de partida, como um dado adquirido, uma vez que ao fazer isto a mensagem que é passada ao progenitor que desobedeceu à ordem do tribunal é que a ordem não é importante, de que podem manter aquilo que implementaram.
Para mim isso é como dizer que já que o ladrão tem o dinheiro, não há razão para lho pedir de volta. Compreendo que as crianças não são dinheiro e que o seu nível de conforto com uma determinada situação é um factor importante (ao contrário das notas de dólar que não têm sentimentos), mas pensem na mensagem que as crianças recebem quando o tribunal não leva o progenitor favorecido a comportar-se correctamente. Como é que a criança poderá dizer a esse progenitor “Quero ver o meu pai/mãe”, quando os próprios juízes não conseguem estabelecer limites ou controlar esse progenitor?
Os juízes devem ser sensibilizados para o facto de que seguir o status quo pode parecer uma escolha segura, mas é na realidade uma forma de perdoar e participar no abuso de uma criança. Não fazer nada é uma escolha que tem consequências profundas para a criança e para a sua relação com o outro progenitor. Espero conseguir transmitir estas ideias com paixão, integridade e clareza, quando finalmente tiver a oportunidade de dirigir-me aos juízes, que têm tanto poder nas vidas das famílias afectadas pela alienação parental.
Tradução da versão inglesa para o português,em Fevereiro de 2012 : Inês Mota
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