Como fazer a coparentalidade funcionar

Como fazer a coparentalidade funcionar

por Cathy Meyer

Divórcio pode ser difícil para toda a família, mas parece que as crianças têm mais dificuldade em lidar com as mudanças nas suas vidas. Quando os dois progenitores conseguem colocar as suas diferenças de lado e continuar a exercer a coparentalidade, as crianças vão-se sentir mais felizes e mais seguras.  Algumas diretrizes podem ajudar a tornar a coparentalidade mais fácil para todos.

Dificuldade: difícil

Tempo Necessário: Depende dos indivíduos envolvidos

Como:

1.    Faça uma lista de coisas que são mais importantes para você ensinar às suas crianças.

O seu companheiro/a deve-o fazer também, e depois devem compará-las. Há a possibilidade de ambos valorizarem muitas das mesmas orientações que pretendem passar para as suas crianças. Ao listar e discutir estes pontos, podem começar o processo de coparentalidade de uma forma mais cooperativa, porque ambos vão trabalhar com objetivos comuns.

2.    Discuta as regras que as crianças deverão obedecer em cada uma das residências.

Pode haver algumas diferenças aqui, mas se as mesmas forem consistentes facilitará o ajustamento da criança quanto à mudança de residência.

3.    Se existirem diferenças, concordem em apoiar as regras de cada um.

Se um dos progenitores não definiu uma consequência em relação a um comportamento negativo da criança, o outro progenitor deve manter o castigo quando a criança estiver consigo. Por exemplo, se um progenitor diz ao filho/a que não verá televisão até as suas notas escolares melhorarem, o outro progenitor deve fazer cumprir essa mesma regra.

 4.    Quando diferenças surgem entre os progenitores, seja maduro/a o suficiente para se sentarem juntos, discutirem e comprometerem-se.

Não deixe que qualquer animosidade (má vontade, rancor, ressentimento) entre as partes interferir com a capacidade de serem progenitores eficientes.

5.    Nunca discuta sobre as diferenças de estilos (parentais) de educar na frente das crianças

Quando a criança está presente, devem apresentar uma união forte. Mesmo quando ambos não estão juntos como um casal, ambos  ainda podem mostrar respeito pelos valores e crenças de cada um.

Dicas:

  1. Educar as suas crianças é o trabalho mais importante que fará, e se os progenitores puderem trabalhar juntos de uma maneira pacífica, podem impedir que o divórcio tenha efeitos negativos sobre os seus filhos a longo prazo. Tomem a decisão de colocar vossos problemas pessoais de lado, para dar o melhor de ambos para o seu/sua filho/a. Eles/as merecem dois progenitores amorosos e apoiantes, que podem exercer a coparentalidade (criar, orientar) efetivamente.

Texto original escrito por  Cathy Meyer  com o título “How To Make Cooperative Parenting Work” , no About.com Guide

Tradução: Bianca Cesário

Revisão e adaptação: Ricardo Simões

Coordenação: Associação Portuguesa para a Igualdade Parental e Direito dos Filhos

Ficheiro em PDF

A ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PELA IGUALDADE PARENTAL E DIREITOS DOS FILHOS tem por fim as actividades de carácter cívico, cultural, formativo e informativo, no âmbito da protecção e fomento da igualdade parental, nos seus diferentes níveis de intervenção – legislativo, jurídico, psicológico, mobilização da opinião pública, entre outros -, relativamente aos direitos dos filhos (crianças e adolescentes) cujos pais se encontrem separados ou divorciados.